Postagens

Missão Impossível 6: Efeito Fallout se consolida como o melhor filme da saga.

Missão Impossível 6 chega na melhor hora possível aos cinemas. A série de espionagem internacional atinge as salas de exibição justamente quando o mundo parece cada vez mais divido, e quando as nações sequer falam a mesma língua internamente. Tal cenário projetado justifica a existência de tantas agências de espionagem nacional e internacional com agendas e interesses hora alinhados e logo no momento seguinte diametralmente opostos. É justamente nesse momento que se encontra a agência IMF – Força Missão Impossível, que precisa juntar forças com a CIA – Central de Inteligência Americana, na busca por um terrorista internacional do mais alto perfil, desvinculado de qualquer nação. O roteiro, de forma razoavelmente inédita para a franquia, é uma continuação direta de Missão Impossível 5. Tal decisão criativa se deve em parte à presença de J.J.Abramhs como produtor, visto que o experiente cineasta gosta de dar continuidade à histórias estabelecidas e assim engajar os fãs. Não que foss

Incríveis 2 é uma animação divertida sem conseguir surpreender ou se reinventar

O ano de 2004 trouxe a surpreendente animação de uma família superpoderosa, no caso os Incríveis. Depois que o governo baniu o uso de superpoderes, o maior herói do planeta, o Sr. Incrível, vive agora uma vida normal e pacata com sua família. Apesar de feliz com a vida doméstica, o Sr. Incrível ainda sente falta dos tempos em que viveu como super-herói, e sua grande chance de entrar em ação novamente surge quando um velho inimigo volta a atacar. Só que agora ele terá que contar com a ajuda de toda a família para vencer o vilão! Talvez o grande barato do primeiro longa tenha sido a vivificação das metáforas, extremamente bem colocadas caso a caso. O pai, exemplo de força dentro de uma estrutura familiar clássica detinha como poder a superforça. Já a mãe, tendo que se multiplicar em mil para cuidar da casa, do marido e dos filhos, tinha que ser a mulher elástica. A filha tímida, invisível como todo adolescente em iguais condições personifica o dom da invisibilidade. E por fim, o filho

Luke Cage tem segunda temporada mais intimista

Quando uma nova série se inicia, é necessário mostrar esplendor, aquele diferencial que vai fazer com que os expectadores anseiem pelo próximo capítulo, e que tenha uma trama desenvolvida em um arco longo o suficiente para sobreviver à sua temporada inicial, mas que vá mostrando ao menos capítulos se encerrando, de forma que seja desenvolvido de forma faseada. Mas ao se falar de séries de universo compartilhado, como podemos verificar tanto no "Arrowverse" como no universo dos "Defensores", essa estrutura clássica perde um pouco o sentido e permite uma liberdade maior aos roteiristas. E é isso que vemos na segunda temporada de Luke Cage. Se em sua primeira temporada o herói do Harlem é instigado a sair do anonimato e botar suas habilidades à prova de um ideal maior, que culminou no cross-over de Defensores, o momento seguinte à uma conquista épica é lidar com as consequências de tudo o que ocorreu. Velar os mortos, cuidar dos feridos e consertar aqueles estrago

A Grande Jogada é um belo filme sobre a vida

Em mais uma ótima atuação de Jessica Chestain, Aaron Sorking acerta o tom e entrega um filme maduro e interessante Aaron Sorking parece realmente fascinado pelos mecanismos ocultos que ligam poder, dinheiro e esportes, e em A Grande Jogada, adaptado do romance de mesmo nome, ele conta a história de Molly Bloom (interpretada por Jessica Chestain), ex-patinadora de nível olímpico que se envolve com jogos privados de poker, e pela sua inteligencia e senso de oportunidade acaba se tornando responsável pelas mesas de jogos mais privativos, contando com as pessoas mais influentes. Baseado em fatos reais, a trajetória de Molly Bloom é extremamente interessante, de forma que embora o filme seja classificado como um drama/romance policial, é um filme que dificilmente pode ser enquadrado em qualquer categoria. Contado com ritmo envolvente, sem se perder em longas explicações de origem, A Grande Jogada prima por não vitimizar nem engrandecer nenhum dos personagens envolvidos

Uma Dobra no Tempo é diversão lúdica que fica devendo

Uma   Dobra  no  tempo  é o novo lançamento da Disney para provar que ela não depende somente de sua fábrica de heróis , nem tampouco de  uma  galáxia muito, muito distante ; e que existe salvação além dos revivals em live actions baseados em suas animações de sucesso.  E o filme começa bem nesse sentido. Um cientista carismático e incompreendido, um sumiço inexplicável e  uma  ausência que atinge a toda  uma  família, com direito a bullying escolar e tudo. E a vida de todos começa a mudar quando  uma  fada (?), ou tipo isso, interpretada pela versátil Reese Whiterspoon, aparece no meio da sala de estar, conversando com o caçula da família, que por acaso é um gênio incompreendido. Pouco demora para que o fantástico se desenrola e aparecem mais criaturas fascinantes e um convite irrecusável para  uma  aventura atrás do pai desaparecido há mais de 4 anos, na qual embarcam os dois irmãos e um amigo do colégio. Ok, parecido com as Crônicas de Nárnia? Talvez, mas até aí isso não precis

A Barraca do Beijo é um delicioso respiro de simplicidade em um mundo complexo

O mundo tem ficado cada vez mais complicado. O colégio nunca mas foi visto da mesma forma depois do intenso 13 Reasons Why, que trouxe temas sérios, complexos e marcantes para a sala de estar das pessoas. E talvez como um antídoto a isso, uma antítese à toda seriedade, a mesma Netflix resolveu lançar "A Barraca do Beijo", comédia romântica adolescente que virou um hit imediato, ou ao menos um filme que alguns amam e outros amam odiar. Nesse divertido filme, um menino e uma menina são melhores amigos desde o berçário, e crescem juntos de maneira inabalável, até que as paixões entram em cena. Dizer mais que isso, ainda que o próprio trailer assim o faça, é estragar a jornada. Comédias românticas, e ainda mais quando se trata de romante adolescente, dificilmente vão ter algo de novo a dizer no mundo. Mas como diria Renato Russo, quais são as palavras que nunca são ditas? E não precisa ser novo para ser bom, ser divertido, entreter. E é na forma de entreter que o diretor Vince

Marvel entrega o fruto do planejamento de uma década em filme de ritmo intenso, história fiel e muita intensidade.

Em 2008 foi lançado Homem de Ferro, dirigido por John Favreau. E algo interessante aconteceu ao final dos créditos: uma cena fora do filme, que ligava o enredo a outro longa, ainda por ser lançado. E assim era criada uma forma de fazer cinema que ligaria um filme a outro, tecendo diversos enredos diferentes em um mesmo universo, uma trama de histórias comuns. Era a chamada fase 1 da Marvel, que culminaria no primeiro Vingadores, juntando todas essas histórias. Dez anos depois, após explorar a Terra, o Céu e até os Deuses, a Marvel resolve finalmente colocar tudo junto em um grande filme. Quase 40 protagonistas unidos por uma grande causa, ainda que não saibam: derrotar Thanos, o Titã Louco, que tem por finalidade acabar com metade da população do universo, o que ele acredita ser uma causa nobre. Nos quadrinhos, esse genocídio massivo tem a ver com seu amor pela morte e uma oferenda. Nas telas, mais um ato classificado como humanitário por ele mesmo. Qualquer expectador que viu